Os diamantes são eternos? O diamante é um dos materiais mais resistente da natureza, perdendo apenas para o tungstênio (ponta de caneta bic, lembra?!).
DIAMANTE - O melhor amigo das mulheres, como na canção eternizada por Marilyn Monroe, talvez não seja o melhor amigo de pacatos cidadãos da África ocidental. Quem mora em Serra Leoa ou Libéria não vê graça alguma na eterna cobiça por diamantes. Seria bom avisar o mulherío que aqueles lindos anéis sonhados em dedos femininos já custaram a amputação de mãos inteiras. Mãos, no plural mesmo. Porque na maioria dos casos, foram as duas...
Seria bom avisá-las, que existe um certificado de nome Kimberley pensado para que ninguém mais compre os chamados diamantes de sangue, ou diamantes de conflito. Porque quase um terço da população de Serra Leoa não curte bancar, para o resto da vida, o Capitão Gancho, tanto da mão direita, como da mão esquerda.
Como o valor das coisas e pessoas não se mede pela competência, mas, sim, pela raridade, um material quase indestrutível é raro à beça. Independente da finalidade, como diamante só se compra uma vez, o preço sempre viveu lá na estratosfera.
Como a vocação desse século que se inicia parece ser mesmo a da externalidade, advinha?!? Só meia dúzia vê a grana entrar enquanto o resto não tem onde cair morto. Aí, eis que surgem pessoas cheias de conversinha, que prometem mil coisas, mas o que vemos é o contrário: trabalho escravo, salário de fome, que na outra ponta sustentam aperreios da ordem de escravidão sexual, estupros intermináveis, quase sempre seguidos de mutilação sexual.
Por conta disso travou-se lutas, que se revelam verdadeiras atrocidades em nossa história, e que não são tão do passado assim!
A seguir, posto trechos de uma matéria que encontrei, onde retrata o verdadeiro horror!
Manga curta ou manga longa - Quando a grana de uma benção não se transforma em bem-estar para todos, sempre aparece um salvador-da-pátria com a promessa de dias melhores. Foi assim que surgiu o Revolutionary United Front (em português, Frente Unida Revolucionária), a RUF. Criado por Foday Sankoh, com respectivo apoio de Charles Taylor, da Libéria, a RUF se lançou ferozmente sobre a capital do país, Freetown, no intuito de libertá-la do cativeiro de uma elite altamente corrupta e que baseava seu status e opulência na desigualdade.
O que a choldra não sabia é que eles vinham com sede de sangue. Quem porventura tivesse votado no presidente em exercício, ou era partidário da situação na época, era indagado se queria vestir camisa de manga curta ou comprida. Se a reposta fosse manga curta, os braços eram amputados na altura dos cotovelos. Em caso de manga comprida, na altura dos punhos.
As mulheres tinham duas opções: estupro ao longo de dias ou escravidão sexual. Boa parte delas tiveram mutilação sexual.
Uma cena muito triste de ser ver nas eleições de 2002, após quase 11 anos de luta armada, parte da população tentando colocar a cédula dentro da urna, equilibrando-a em ganchos no lugar onde deveriam ser as mãos. Porque em país muito pobre, com gente que não tem o que comer, prótese ainda é um sonho muito distante.
CPMF - A subvenção para armas e treinamento? Diamantes, extraídos de mineradoras clandestinas, não-oficiais, ilegais. Onde o trabalho é basicamente escravo. Diamantes que financiaram esse tipo de conflito num período em que as antigas colônias africanas consquistaram a independência. Conflitos quase sempre muito sangrentos.
Se o ser humano já se permite a certos expedientes quando não tem o que comer, entende-se a motivação dos trabalhadores dessas mineradoras. Se é que dá para chamar de motivação. Miserabilidade contínua costuma dar nisso. Quando se reclama que é preciso fazer alguma coisa contra a miséria, algo de iniciativa e coordenação do Estado, é porque o fim da história é bem parecido com o que acontece em Serra Leoa, ou no Haiti.
Diamantes de terror - Os serviços secreto e de inteligência norte-americanos correram atrás da bola com o 11 de setembro e as respostas para certas indagações não foram lá muito agradáveis. Os atentados a embaixadas estadunidenses no final da década de 80 e início de 90 em continente africano, que mataram centenas de pessoas, tinham o dedo da Al-Qaeda. Como é que o dinheiro para tal operação tinha aparecido por lá?
Resposta: não apareceu. Já estava lá. O pior: o dinheiro dos diamantes é que provavelmente saiu desses países, onde não há controle nenhum de remessas, para financiar as operações do 11 de setembro. Por enquanto, tudo no campo das suspeitas, no campo do hipotético.
Certificado Kimberley - Kimberley é a capital da província de Northern Cape, ou Cabo Setentrional, na África do Sul. Famosa pela exploração de minerais, a primeira pepita foi encontrada por Eramus Jacobs às margens do Rio Orange, quando a África do Sul ainda era colônia holandesa.
O nome da cidade foi utilizado para batizar um certificado de origem de pedras preciosas, o internacionalmente famoso Certificado Kimberley. Que prova que um determinado diamante não é um diamante de conflito ou diamante de sangue.
Mas qual? Uma joalheria na Europa não está nem aí se uma pedra tem certificação de origem ou não. Mal sabe a opulência internacional que essas pedras, sem certificação, são fruto de trabalho escravo e financiam barbaridades inimagináveis (Marcelo Rayel)
Bem, resolvi postar sobre os diamantes de sangue, porque nessa semana li mais uma das insanidades daquela então entitulada TOP MODEL Naomi Campbell, tudo bem que essa história não é tão recente assim, mas não podemos deixar cair no esquecimento assuntos como esse.
Naomi Campbell recusa-se a comentar o episódio que remonta a 1997, quando lhe foi oferecido, na África do Sul, um “diamante de sangue”, cortesia do ex-presidente Charles Taylor. A supermodelo estava no país a convite de Nelson Mandela e reza a história que Campbell terá sido interrompida a meio do sono pelo staff de Taylor, para receber um “diamante gigante por lapidar” como presente de boas-vindas.
Na altura, pouco tempo depois de a manequim abandonar o país, Taylor era acusado de usar o tráfico de diamantes como moeda de troca para comprar armas para os rebeldes da Serra Leoa. O processo ainda está em curso e conta com os testemunhos de 50 vítimas dos episódios violentos protagonizados pelas guerrilhas locais. Campbell, no entanto, recusou testemunhar contra Taylor.
Questionada sobre o assunto pela cadeia americana ABC, a britânica optou por não falar acabando, mesmo, por abandonar a entrevista. À saída, como é costume da manequim, não faltou um empurrão ao repórter de imagem e uma despedida amarga da câmara.
Olha, uma pessoa dessa que circula com casacos de pele, aceita esse diamante, vive se envolvendo com questões sobre droga, mereceria o que? Imagina quantas mortes estão envolvidas a todas essas coisas que ela GOSTA TANTO???? E ainda por cima as pessoas a veneram por sua beleza???? Aonde está a beleza...essa mulher é HORRÍVEL, um ser humano desprezível!!!!
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