sábado, 28 de agosto de 2010

AFINAL QUEM É DILMA ROUSSEFF? A resposta está no texto abaixo

Até agora só temos a imagem artificial criada para a pré candidata de Lula e do PT. Sabemos que, sem essa imagem criada pelo marketing, ela uma mulher braba, impaciente, centralizadora e autoritária. E que até agora não a deixaram mais à vontade, para ser o que realmente é, uma ex-guerrilheira com uma personalidade irascível, nada dada à conchavos, que não divide o poder com ninguém e se revela muito ciosa de sua autoridade.


Ex-militante da POLOP (Política Operária), e da COLINA (Comando de Libertação Nacional) e da VPR-Palmares (Vanguarda Popular Revolucionária), Dilma foi condenada em alguns processos e absolvida em outros, tendo saído do presídio Tiradentes no final de 1973. Sabe-se que foi torturada com palmatória, socos, pau-de-arara e choques elétricos, mas não a fizeram sentar na “cadeira dragão”. Em seus depoimentos judiciais, denunciou as torturas e deu o nome de oficiais militares que deles participaram, por ação ou omissão. Depoimentos de colegas dizem que “ela era uma companheira muito séria e dedicada, que acreditava no que estava fazendo”. O capitão Carlos Lamarca, desertor do Exército Brasileiro, líder da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), confessou que “Dilma era agressiva verbalmente. Mas, tinha certa fragilidade, algo como uma adolescência não realizada”. Para Carlos Lamarca, Dilma era uma “metida a intelectual”.

A VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária), de extrema esquerda radical, que visava a instauração de um regime de inspiração soviética no Brasil, surgiu em 1969, da fusão da COLINA com a VPR. O grupo de que fazia parte, o VAR-Palmares foi dividido em duas facções, os “basistas”, que defendiam o trabalho de “massas”, com as “bases”, e os “militaristas”, que advogavam a prioridade da luta armada. Sabe-se, hoje, que Dilma se bateu contra o militarismo, (de Lamarca), defendendo que também se desse importância ao trabalho político. Em outros termos, para ela, “a luta de massas era mais importante que a luta armada”, segundo o ideário leninista, contrario ao ideário de Trotsky, que pregava a “revolução armada permanente”.

A leitura de um dos inquéritos policial militar sobre o VAR-Palmares e a participação de Dilma, revela que ela “manipulava grandes quantias da organização. É antiga militante de esquemas subversivo-terroristas”. E que era “uma das molas mestras e um dos cérebros dos esquemas revolucionários postos em prática pelas esquerdas radicais. Trata-se de pessoa de dotação intelectual bastante apreciável”. Em outros inquéritos do gênero, Dilma foi chamada de “Joana D`Arc da subversão”, “papisa da subversão”, “criminosa política” e “figura feminina de expressão tristemente notável” .

Dizem que, Dilma, a ex-aluna do tradicional Colégio Sion, teria participado do assalto à casa de uma amante do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros. Do cofre da residência, foram roubados US$ 2,4 milhões. Não é uma lenda urbana, mas um fato comprovado, e contra fatos não há argumentos convincentes. Como Dilma costuma dizer que “só ajudou no planejamento”, há quem diga que ela participou diretamente na ação. E o que dizer dos assaltos em três bancos? Dilma também teria ajudado apenas no planejamento desses roubos? E o que dizer da suspeita de roubo de carros? Seja como for, ela foi expulsa da Faculdade de Economia de Belo Horizonte, por sua atuação política. Mas, mais tarde, teria concluído o bacharelado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) A história de ter feito mestrado e doutorado em economia não procede.

Sabe-se que era ela a responsável pela guarda das munições e armas, numa pensão localizada na av. Celso Garcia (zona leste de São Paulo), onde morava com Maria Celeste Martins, hoje sua assessora. Numa entrevista de 2003, ela confessa que “carregava munição em um balde (...). “As armas, nos errolamos em um cobertor”, colocado em baixo da cama. “Era tanta coisa que a cama ficava alta (...) “Os fuzis automáticos leves, que tinham sobrado para nós, estavam todos lá. Tinha metralhadora, tinha bomba plástica”.

Dilma chegou a Brasília no fim de 2002, retirada do anonimato por Lula. Na solenidade de posse como ministra da Casa Civil, cargo ocupado anteriormente por José Dirceu, este afirmou: “Estou passando o cargo para a camarada de armas e companheira de lutas”. Hoje ela mora na mansão, onde residiu Dirceu, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília.

Dizem que na chefia da Casa Civil, Dilma é tão obsessiva na cobrança de horários e tarefas, quanto nos tempos da guerrilha. Há petistas que afirmam que ela “é muito democrática, desde que você concorde 100% com ela”. E mais: “Ela é mandona mesmo, chega a ser chata”. O coordenador da ONG Greenpeace, Marcelo Furtado afirma que “demovê-la de uma decisão é difícil”. E que “Dilma é uma decepção para as entidades ambientalistas. Para ele, a ministra vê a questão ambiental um freio ao desenvolvimento: “Ela defende grandes hidrelétricas em vez de pequenas, com impactos ambientais reduzidos”. Na verdade, Dilma ganhou em 2005 o troféu Motosserra, instituída pela ONG Rede Mata Atlântica. A premiação é uma homenagem a quem concorre para a destruição do meio ambiente.

Eis um resumo da verdadeira Dilma Rousseff. Um currículo de guerrilheira. E aqui cabe uma pergunta: Basta ser guerrilheira nos “Anos de Chumbo”, para ter competência para ser presidente da República? Mas, Lula já dissera que “se eu soubesse antes que ela era tão boa não teria sido candidato”. Boa no quê e de quê? Tudo bem, mas porque razões (sérias e fundamentadas) nós brasileiros deveremos escolher Dilma para presidir o Brasil? O que sabemos é que Lula parece confiar em Dilma porque ela, ao contrário de José Dirceu, não tem projeto político próprio. E nas entrevistas não sabe do que está falando, como quando fala de reformas. Quais são as suas propostas? Aumentar a arrecadação? Isso não é uma reforma tributaria. Lembrem-se que Dilma passou oito anos como uma das principais integrantes do governo Lula e não fez nada, ficando nos bastidores e ganhando muito bem. E agora, discorda das políticas do seu mentor e padrinho e promete promover mudanças substanciais. Quais?

Ela não deseja ser política (como já confessou). Realmente nunca ocupou cargo eletivo, nem de simples vereador. No fundo, o que ela quer mesmo é só mandar. Daí esse anseio por um Estado forte.

Será por que ela é mulher? As mulheres hoje estão fazendo sucesso como governantes em praticamente todo o mundo. Ou porque Dilma, como revolucionária, tem “certeza” de que sabe como consertar esse País, e se for eleita, o seu conselheiro será o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, aquele que não foi responsabilizado pelos escândalos ocorridos no caso do caseiro Francenildo dos Santos Costa, (mas as suspeitas permanecem), e que tem a pretensão, hoje, de ser candidato a governador do Estado de São Paulo. Ou, ainda, porque, no fundo “ela ama Lula, seu ídolo, seu símbolo do operário mágico, que encarnou na prática a vazia utopia do populismo revolucionário”, como disse Arnaldo Jabor.

Se Lula era metalúrgico, porque não uma ex-guerrilheira? Afinal, Lênin já afirmara: “Qualquer cozinheira devia ser capaz de governar um país”. O problema é que a pré-candidata lulista, se eleita, deseja um Capitalismo do Estado, um patrimonialismo estatal, ou seja, uma mudança radical na estrutura do governo democrático. E o golpe é o proposto pelo filósofo italiano Antonio Gramsci: “os comunistas devem se infiltrar na democracia para mudá-la”.

Enfim, não há como negar que Dilma Rousseff está sendo “convertida”, em “salvadora da pátria”, em “milagreira”, formada por uma propaganda enganosa, que irá operar no País um milagre político e econômico, um caso fora de toda evidência sociológica e política. O mais provável, no entanto, é que não consiga, porque continuamos apesar de tudo, a não saber quem ela é, e o que pretende mesmo realizar. O marketing como está sendo realizado, induz o eleitor a ver e compreender uma outra realidade, que é de ordem artificial, pois a informação real e verdadeira está sendo excluída do cidadão brasileiro. E o pior num total desrespeito a Lei Eleitoral. Ora, se a Lei Eleitoral não vale e a Constituição Federal não existe, tudo o mais é permitido. Lula tornou-a inadequada porque resolveu antecipar a campanha e revogou a norma na força. É de se perguntar: “Estabelecida a ocorrência do ilícito, pode o presidente continuar a agir ao arrepio do princípio maior da legalidade seja qual for a lei transgredida?”

Como já foi afirmado pelo presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcanti, nesta campanha há uma total falta de transparência política. Estão usando de “práticas que transformam milionárias verbas publicitárias em instrumento promocional e que, na ausência de mecanismo de transparência, alimentam o famigerado caixa 2 (como já ocorreu nas campanhas de Lula) e os abusos do poder”.

Em Nova York, numa viagem para prestigiar a premiação de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, na verdade uma oportunidade da pupila de Lula se apresentar indiretamente, como pré-candidata à presidência, aos investidores norte-americanos, não houve nenhuma cobertura jornalística (o Wall Street Journal, na semana da visita da petista, simplesmente a ignorou). Enfim, não causou nenhum impacto. Em primeiro lugar, porque ela é realmente uma desconhecida; em segundo, os investidores, nos EUA não se preocupam muito com a economia brasileira, mesmo com a recente reportagem da revista The Economist com criticas à política econômica brasileira. O que a imprensa e o mundo acadêmico estão preocupados é com a política externa brasileira, com artigos negativos sobre as atitudes diplomáticas do governo brasileiro, onde se demonstra “que não houve avaliação adequada dos prejuízos que o apoio ao Irã poderia trazer ao Brasil”.

Mas, apesar de tudo, por que Dilma cresce nas pesquisas? Simplesmente porque ela fala coisas populares, muitas vezes paternalísticamente, como Lula. Fala, demagogicamente, cada vez mais de coisas, que poderiam ser e acontecer (e como sempre, muitas promessas), que as pessoas querem ouvir, não importa se dará certo ou não, mas que agrada a população pobre, que é a grande maioria do eleitorado, que vê Dilma, mas pensa em Lula.

(João Ribeiro Junior é advogado e professor universitário.)
(

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

DISCRIMINAÇÃO É CRIME!!!

Vagando pena net, encontrei a imagem dessas plaquinhas, que só vieram ilustrar "pregações" que já fizeram para mim, eu apesar de estar sendo DISCRIMINADA, aceitava as palavras em consideração "à crença" do "evangelizador", achava que aquilo era algo isolado, não imaginava que era assim, nessa proporção!

Eu sei bem que religião não se discute, mas como me calar diante de um absurdo desse, no meu ver algumas dessas "igrejas" espalhadas por todo o país são as maiores CULPADAS de promover a discriminação de todos os tipos...tatuagens...homossexuais, e por aí vai, tratam as diferenças como DOENÇA!

Mas se discriminação é crime, porque esses pastores não são presos em flagrante?!

Todos os estúdios de tatuagem deveriam requerir seus direitos e tomar providências com relação á este crime!

Tatuagem é mais antiga que o cristianismo, e existirá por mais tempo também!
 
Sou cristã e sou tatuada, não acho que DEUS me veja com olhos diferentes dos que não têm, para mim a tatuagem é uma arte que valoriza o bem maior que possuímos: O CORPO!
 
Essa é a minha visão pessoal em relação a TATUAGEM, escrevi esse texto aqui para registrar a discriminação de uma forma geral!!! Não tenho nada contra os evangélicos, sou realmente apenas contra DISCRIMINAÇÃO e FANATISMOS!
 
A Bíblia é um livro aberto a diversas interpretações, um livro que se mantém atual, sempre nos dando uma palavra de conforto e sabedoria, não devemos levar tudo a ferro e fogo sempre!

domingo, 22 de agosto de 2010

TÔ CANSADA

A semana que se foi demorou anos luz para passar, se não bastasse isso meu final de semana não foi muito bem aproveitado, meu corpo todo dói (cabeça, costas, pés) ao menos a garganta parou de doer, a voz voltou...posso me comunicar novamente!
Ontem foi dia de oração....de saudade! No final da noite tomei um chá com Deus, sentada num degrau olhando para o céu. Falamos da minha infância, de quanto eu acreditava Nele (mais do que acredito hoje)!
Quando nos despedimos Ele disse: " TE DEI A ALAVANCA, AGORA ERGA O MUNDO!!!"

Deus é O CARA não é mesmo????

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

VIA LÁCTEA

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso"! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".

Olavo Bilac

Jóias Negras de Berlim

Duas onças-pretas recém-nascidas foram apresentadas nesta sexta-feira (13/08) no zoológico Tierpark, em Berlim, na Alemanha. As gêmeas Baturgai e Ormilia ficaram bastante à vontade, passeando em meio ao público do zoo.
As onças-pretas são bem raras, resultado de uma mutação chamada melanismo (o contrário do albinismo), que permite o nascimento de filhotes inteiramente negros. Também conhecidos por jaguar-preto, podem ser encontrados da Amazônia até o Rio Grande do Sul, além das Américas Central e do Norte. Esses animais chegam a atingir três metros, da ponta da cauda ao focinho, e pesar 140 quilos.

Lindas ...lindas ...lindas!!!! É continuo a dizer...e tem gente que ainda duvida da existência de Deus.


(Fotos: Odd Andersen / AFP)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

NÃO BASTA SER BOM LUTADOR, TEM QUE DANÇAR!!!!

A UM AUSENTE - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Tenho razão de sentir saudade,

tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.


PAI...RECEBI ESSE POEMA LOGO APÓS NOSSA SEPARAÇÃO, ATRAVÉS DAS PALAVRAS DO POETA, CONSIGO EXPRESSAR O QUE SENTI E O QUE AINDA SINTO COM SUA PARTIDA, AS LÁGRIMAS CAEM SEM QUE EU CONSIGA CONTROLAR, MAS HOJE A MINHA REVOLTA É BRANDA, DESCULPE SE AINDA ME SINTO ASSIM, MAS É MAIS FORTE QUE EU, TENTO ME POLICIAR PARA QUE ISSO NÃO LHE PREJUDIQUE DE ALGUMA FORMA, MESMO SABENDO QUE SEU GRAU DE EVOLUÇÃO É BEM MAIOR QUE O DE TODOS NÓS QUE AQUI FICAMOS.
VOCÊ SEMPRE FOI UMA PESSOA GENEROSA, DE BOM CORAÇÃO, QUE COMETEU DIVERSOS ERROS, MAS  SE ARREPENDEU DE CADA UM...POR ISSO TUDO ME ORGULHO DE VOCÊ E AGRADEÇO POR TER SIDO MEU PAI, E ME DADO A OPORTUNIDADE DE SER SUA FILHA E TER APRENDIDO TANTO COM VOCÊ!

TE AMO POR TODAS AS MINHAS VIDAS

SUA ETERNA FILHA

CAROL

terça-feira, 10 de agosto de 2010

LEIS "ABSURDAS" AFEGÃS

Impactante, polêmica, chocante, dura. Faltam adjetivos para classificar a nova capa da revista TIME, que decidiu destacar de forma direta e crua toda a violência do governo e das tradições do Afeganistão contra as mulheres.

A publicação americana mostra a jovem Aisha, de apenas 18 anos, que foi condenada pelas leis afegãs a viver sem nariz e orelhas em castigo por tentar fugir do marido, que a maltratava.
A capa da TIME aparece num momento em que todo o mundo apela pela vida de uma outra mulher, a iraniana Sakineh Ashtiani, também condenada pelas tradições do país do ditador Ahmadinejad a morrer por apedrejamento depois de ser acusada de adultério.
Com o título “O que acontecerá se abandonarmos o Afeganistão”, a revista alerta para o absurdo e a crueldade das velhas leis afegãs, contaminadas por preconceitos e preceitos religiosos, que em pleno século XXI só servem para violentar e torturar mulheres, tratadas como seres de quinta categoria.
“Ela sabe que se converterá no símbolo do preço que as mulheres afegãs estão pagando na luta contra a ideologia repressiva dos talibãs”, disse o jornalista Richard Stengel, editor da TIME.
Stengel disse também que pensou muito se devia ou não colocar a imagem de Aisha na capa da revista. “Queria assegurar-me de que Aisha não perderia sua segurança por isto e que entenderia o que significava seu rosto em nossa capa”.
A capa e a reportagem não são casuais. Saem num momento em que os EUA são questionados pela atuação no território afegão, e em que o presidente Barack Obama sofre fortes pressões da opinião pública por não ter retirado ainda as tropas do país do Oriente Médio, onde estão há 9 anos desde a ocupação determinada pelo governo George W. Bush.
Aisha perdeu seu nariz e suas orelhas numa noite em que, cansada de ser agredida pelo marido e sua família, tentou fugir de casa. Foi agarrada por um grupo de talibãs que a devolveram aos seus algozes, que, apesar dos seus apelos, a condenaram a sofrer a mutilação. Um cunhado e o próprio marido a seguraram na hora do castigo.

"No fundo, sinto que esta foto é uma janela para a realidade do que está ocorrendo - e ainda poderá ocorrer - numa guerra que nos afeta. A capa revelará aos leitores a prática dos talibãs com as mulheres e a cruel realidade, enquanto ficamos a discutir o que deveriam fazer os EUA e seus aliados no Afeganistão", concluiu o editor da TIME.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CAMINHO DAS PEDRAS

A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, acusada de cometer adultério com dois homens – um deles supostamente responsável pela morte de seu marido – foi condenada à morte por apedrejamento. Para a mulher, isso significa ser enterrada até o busto e uma multidão de homens atirar pedras contra sua cabeça – pedras grandes o suficiente para machucar, mas pequenas o bastante para não matar de uma vez só -, com o intuito de causar o máximo sofrimento pelo máximo de tempo, antes da morte. O mesmo ritual se aplica aos homens, mas estes são enterrados até a cintura e ficam com os braços livres, para que possam se defender. Segundo a Anistia Internacional, ao menos onze pessoas estão na fila para serem apedrejadas no Irã, oito delas, mulheres. De acordo com a sharia, a lei islâmica, assassinato, estupro, assalto à mão armada, tráfico de drogas e adultério são delitos passíveis de apedrejamento.


Na semana passada, capitais europeias foram palco de protestos com simulações de apedrejamento que atraíram muita atenção da imprensa para o caso de Sakineh. Diante de tanta exposição, as autoridades iranianas mudaram a pena, no final da semana passada, para morte por enforcamento. Mas na quarta-feira recuaram da decisão e, de acordo com pronunciamento do ministro de Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, o apedrejamento ainda é uma opção possível para punir “os crimes” de Sakineh, que está presa desde 2006 por envolvimento na morte de seu marido. Na quinta-feira, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, telefonou para Mottaki para pedir o cancelamento da pena de Sakineh e alertou para o efeito político negativo que a execução pode ter nas negociações em torno do programa nuclear iraniano.

Segundo a advogada e ativista de direitos humanos Mehrangiz Kar, que durante 22 anos advogou no Irã, a retirada do apedrejamento do sistema legal iraniano é uma reivindicação de longa data, inclusive da parte de alguns clérigos que consideram esse método de execução prejudicial à imagem do Islã. Sob o governo de Mahmoud Ahmadinejad a violação dos direitos humanos no Irã só piorou, uma vez que a ala mais conservadora tomou conta do Judiciário, garante Mehrangiz em entrevista ao Aliás por telefone. O desrespeito à dignidade humana é ainda maior quando se trata de mulheres e de não muçulmanos. “As mulheres no Irã vivem um apartheid semelhante ao implantado na África do Sul”, diz ela.

Mehrangiz vive nos Estados Unidos, para onde emigrou depois de ser considerada persona non grata em seu país natal. Em 2000, ela foi condenada a 4 anos de prisão por ter comparecido a um congresso em Berlim em que se discutiu a violação dos direitos humanos no Irã depois das eleições presidenciais. Quando voltou, foi encarcerada na prisão política de Evin, em Teerã. Só saiu por causa de um câncer de mama e da pressão da União Europeia, em particular da Holanda, para que fosse temporariamente libertada para buscar tratamento. “Enquanto estava no exterior prenderam meu marido e, torturando-o, conseguiram evidências contra mim.” Entre as evidências levantadas contra ela estavam fotos em que aparecia sem o niqab, o tradicional véu islâmico. “Faz nove anos que eu e meu marido não nos vemos. Ele não pode sair e eu não posso entrar no Irã. Nossa família foi destruída só porque o governo não tolera críticas.” Para ela, a comunidade internacional não tem interesse em pressionar o governo de Ahmadinejad para que cumpra os estatutos de direitos humanos dos quais o Irã é signatário. “Quando algum país se dá ao trabalho de falar do Irã, o foco são as sanções e as armas nucleares. Nunca se preocupam com o que é da maior importância: a preservação da dignidade do povo iraniano.”

(Carolina Rossetti - O Estado de São Paulo)
 
Absurda essa notícia, o Governo do Irã havia sido muito criticado por essa atitude, e teria sido massacrado pela opinião Mundial, porém nada pode ser feito, e a Iraniana será morta ainda essa semana! Lamentável! Os seres humanos continuam com a prepotência e a arrogância de se acharem no direito de acabar com a vida de um semelhante, acredito que existem maneiras menos radicais de se "castigar" por um erro!
A foto que postei, é de uma campanha feita na época 2005, uma mulher que seria apedrejada nas mesmas circunstâncias.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

DIAMANTES DE SANGUE

Os diamantes são eternos? O diamante é um dos materiais mais resistente da natureza, perdendo apenas para o tungstênio (ponta de caneta bic, lembra?!).

DIAMANTE - O melhor amigo das mulheres, como na canção eternizada por Marilyn Monroe, talvez não seja o melhor amigo de pacatos cidadãos da África ocidental. Quem mora em Serra Leoa ou Libéria não vê graça alguma na eterna cobiça por diamantes. Seria bom avisar o mulherío que aqueles lindos anéis sonhados em dedos femininos já custaram a amputação de mãos inteiras. Mãos, no plural mesmo. Porque na maioria dos casos, foram as duas...

Seria bom avisá-las, que existe um certificado de nome Kimberley pensado para que ninguém mais compre os chamados diamantes de sangue, ou diamantes de conflito. Porque quase um terço da população de Serra Leoa não curte bancar, para o resto da vida, o Capitão Gancho, tanto da mão direita, como da mão esquerda.

Como o valor das coisas e pessoas não se mede pela competência, mas, sim, pela raridade, um material quase indestrutível é raro à beça. Independente da finalidade, como diamante só se compra uma vez, o preço sempre viveu lá na estratosfera.

Como a vocação desse século que se inicia parece ser mesmo a da externalidade, advinha?!? Só meia dúzia vê a grana entrar enquanto o resto  não tem onde cair morto. Aí, eis que surgem pessoas cheias de conversinha, que prometem mil coisas, mas o que vemos é o contrário: trabalho escravo, salário de fome, que na outra ponta sustentam aperreios da ordem de escravidão sexual, estupros intermináveis, quase sempre seguidos de mutilação sexual.

Por conta disso travou-se lutas, que se revelam verdadeiras atrocidades em nossa história, e que não são tão do passado assim!

A seguir, posto trechos de uma matéria que encontrei, onde retrata o verdadeiro horror!
Manga curta ou manga longa - Quando a grana de uma benção não se transforma em bem-estar para todos, sempre aparece um salvador-da-pátria com a promessa de dias melhores. Foi assim que surgiu o Revolutionary United Front (em português, Frente Unida Revolucionária), a RUF. Criado por Foday Sankoh, com respectivo apoio de Charles Taylor, da Libéria, a RUF se lançou ferozmente sobre a capital do país, Freetown, no intuito de libertá-la do cativeiro de uma elite altamente corrupta e que baseava seu status e opulência na desigualdade.



O que a choldra não sabia é que eles vinham com sede de sangue. Quem porventura tivesse votado no presidente em exercício, ou era partidário da situação na época, era indagado se queria vestir camisa de manga curta ou comprida. Se a reposta fosse manga curta, os braços eram amputados na altura dos cotovelos. Em caso de manga comprida, na altura dos punhos.


As mulheres tinham duas opções: estupro ao longo de dias ou escravidão sexual. Boa parte delas tiveram mutilação sexual.


Uma cena muito triste de ser ver nas eleições de 2002, após quase 11 anos de luta armada, parte da população tentando colocar a cédula dentro da urna, equilibrando-a em ganchos no lugar onde deveriam ser as mãos. Porque em país muito pobre, com gente que não tem o que comer, prótese ainda é um sonho muito distante.


CPMF - A subvenção para armas e treinamento? Diamantes, extraídos de mineradoras clandestinas, não-oficiais, ilegais. Onde o trabalho é basicamente escravo. Diamantes que financiaram esse tipo de conflito num período em que as antigas colônias africanas consquistaram a independência. Conflitos quase sempre muito sangrentos.

Se o ser humano já se permite a certos expedientes quando não tem o que comer, entende-se a motivação dos trabalhadores dessas mineradoras. Se é que dá para chamar de motivação. Miserabilidade contínua costuma dar nisso. Quando se reclama que é preciso fazer alguma coisa contra a miséria, algo de iniciativa e coordenação do Estado, é porque o fim da história é bem parecido com o que acontece em Serra Leoa, ou no Haiti.


Diamantes de terror - Os serviços secreto e de inteligência norte-americanos correram atrás da bola com o 11 de setembro e as respostas para certas indagações não foram lá muito agradáveis. Os atentados a embaixadas estadunidenses no final da década de 80 e início de 90 em continente africano, que mataram centenas de pessoas, tinham o dedo da Al-Qaeda. Como é que o dinheiro para tal operação tinha aparecido por lá?


Resposta: não apareceu. Já estava lá. O pior: o dinheiro dos diamantes é que provavelmente saiu desses países, onde não há controle nenhum de remessas, para financiar as operações do 11 de setembro. Por enquanto, tudo no campo das suspeitas, no campo do hipotético.


Certificado Kimberley - Kimberley é a capital da província de Northern Cape, ou Cabo Setentrional, na África do Sul. Famosa pela exploração de minerais, a primeira pepita foi encontrada por Eramus Jacobs às margens do Rio Orange, quando a África do Sul ainda era colônia holandesa.


O nome da cidade foi utilizado para batizar um certificado de origem de pedras preciosas, o internacionalmente famoso Certificado Kimberley. Que prova que um determinado diamante não é um diamante de conflito ou diamante de sangue.


Mas qual? Uma joalheria na Europa não está nem aí se uma pedra tem certificação de origem ou não. Mal sabe a opulência internacional que essas pedras, sem certificação, são fruto de trabalho escravo e financiam barbaridades inimagináveis (Marcelo Rayel)

Bem, resolvi postar sobre os diamantes de sangue, porque nessa semana li mais uma das insanidades daquela então entitulada TOP MODEL Naomi Campbell, tudo bem que essa história não é tão recente assim, mas não podemos deixar cair no esquecimento assuntos como esse.
 Naomi Campbell recusa-se a comentar o episódio que remonta a 1997, quando lhe foi oferecido, na África do Sul, um “diamante de sangue”, cortesia do ex-presidente Charles Taylor. A supermodelo estava no país a convite de Nelson Mandela e reza a história que Campbell terá sido interrompida a meio do sono pelo staff de Taylor, para receber um “diamante gigante por lapidar” como presente de boas-vindas.

Na altura, pouco tempo depois de a manequim abandonar o país, Taylor era acusado de usar o tráfico de diamantes como moeda de troca para comprar armas para os rebeldes da Serra Leoa. O processo ainda está em curso e conta com os testemunhos de 50 vítimas dos episódios violentos protagonizados pelas guerrilhas locais. Campbell, no entanto, recusou testemunhar contra Taylor.

Questionada sobre o assunto pela cadeia americana ABC, a britânica optou por não falar acabando, mesmo, por abandonar a entrevista. À saída, como é costume da manequim, não faltou um empurrão ao repórter de imagem e uma despedida amarga da câmara.



Olha, uma pessoa dessa que circula com casacos de pele, aceita esse diamante, vive se envolvendo com questões sobre droga, mereceria o que? Imagina quantas mortes estão envolvidas a todas essas coisas que ela GOSTA TANTO???? E ainda por cima as pessoas a veneram por sua beleza???? Aonde está a beleza...essa mulher é HORRÍVEL, um ser humano desprezível!!!!